sexta-feira, março 27, 2009


Perfeição



Eu, e toda a família Wilson, adoramos uma boa limonada suíça. Mas convenhamos que não é nada fácil acertar o ponto certo, exato, perfeito para que a limonada fique realmente awesome. É preciso acertar na quantidade dos ingredientes e, mais ainda, no tempo de liquidificação.

Ontem uma dessas limonadas, feita pela Sra. Wilson, ficou perfeita. Tanto que eu interjeitei:

- Essa alcançou a batida perfeita.

Então eu saquei que, se o D2 ainda está à procura, é porque nunca experimentou a limonada suíça lá de casa.

Postado por Nery Nader Jr às 18:05

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quarta-feira, março 25, 2009


It is Jesus, LOL!

Postado por Nery Nader Jr às 10:01

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segunda-feira, março 23, 2009


“THX 1138” (George Lucas)



Drogas que nublam a mente. Opressão onipresente. Branca. Indiferente. Esse é o mesmo cara que criou Ewoks, Wookiees, Hutts e Jawas? Não parece. Aqui o bem e o mal surgem palidamente mesclados em uma leucoplasia tecnológica inebriante. E entediante. Não há diferente. Somente iguais, calvos, tristes, apáticos, autômatos. Como máquinas. Ou pior.

THX 1138 questiona, sem saber o quê questiona. Sua companheira interrompe a medicação. De ambos. E ambos copulam. Não mais do que isso. Longe de ser sexo. Longe de ser amor. Ainda que surja algum tipo de sentimento. Confuso. Obtuso. Necessário.

Ainda assim, as dúvidas seguem. E câmeras e olhos os perseguem. A todos. O que fazer? THX não sabe. LUV pensa numa fuga. Enquanto fica grávida. Mas tudo nubla. Como antes. Como sempre. Sempre em branco.

Uma prisão sem muros oprime mais do que mil grades. Uma saída improvável se faz de amizades improváveis. Mas até a amizade se faz difícil de sentir. Talvez retornar seja melhor. O medo do desconhecido é a opressão de cada um sobre si próprio. E tantos não vão além.

Mesmo sem uma razão, ou diante da verdade avessa à razão, THX segue em frente. Fuga feita de velocidade e necessidade. E uma longa escada o leva a um novo tom cromático. Nada apático. Totalmente apoteótico. E ainda assim, inconclusivo.

(Mesmo sendo menos nesta revisão, “THX 1138” mantém sua força graças às opções de direção, edição e som. Assepsia, closes, planos e contraplanos monocromáticos, lentidão, telas de TV onipresentes, ousadias visuais – tudo isso mostra que George Lucas sabia fazer cinema, mas parece ter se cansado. E sabia [e sabe] criar mundos únicos, ainda que às vezes baseados em histórias frágeis. Mas mesmo assim, “THX 1138” figura entre as grandes distopias dos anos 70. E permanece atual até hoje [inclusive visualmente, ainda que conte com algumas atualizações imagéticas], sendo altamente recomendado.)

Postado por Nery Nader Jr às 18:13

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sexta-feira, março 20, 2009


Sem Entender Nada



Ninguém estava preparado para o que aconteceria. Talvez por isso mesmo é que aconteceu. Pra surpreender. E surpreendeu.

Foi quase o fim do mundo. Foi triste e sujo. Foi longo e forte. Foi pior que a morte.

Alguns se ajoelharam e rezaram. Outros roubaram e mataram antes de morrerem sem nada gastar. Tantos choraram. Tantos se cruzaram e cruzaram pelo simples ato de acharem que o ato os perpetuaria de alguma forma. Ou então era só desespero. De todos.

E só não foi o fim do mundo em definitivo porque, a esmo, uns e outros sobreviveram. E vivem até hoje numa terra devastada, sem entender nada.

Postado por Nery Nader Jr às 19:13

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quinta-feira, março 19, 2009


Bom Filme Ruim - “Xtro” (Harry Bromley Davenport)



Houve um tempo, improvável, mas mesmo assim real, em que os filmes que você assistia em casa não existiam como pacotes de dados circulando pelo ciberespaço. Nem mesmo como disquinhos brilhantes lidos por raios azuis ou vermelhos. Houve um tempo em que eles existiam em fitas magnéticas recobertas por um vil plasticão preto e duro. Eram chamadas de VHS. E estavam disponíveis em videolocadoras ou, ainda antes, em videoclubes.

E houve um tempo, entre o “ainda antes” do parágrafo anterior e o “um pouco depois” recém-surgido neste parágrafo, em que 99,9% dos acervos eram piratas. Uma pirataria por vezes tão tosca quanto a que existe hoje nas cópias gravadas direto das telas de cinemas, só que ainda pior por culpa das câmeras VHS, bem maiores e bem piores que as atuais. “Rambo II” eu vi numa cópia assim, com ecos que pareciam gravados no Grand Canyon e uma imagem tão borrada que era quase como se o tubo de raios catódicos fosse feito de vidro jateado – sem falar das pessoas entrando e saindo da sessão na minha frente, e isso na TV de casa. Até hoje me surpreendo com o fato do filme se passar, na maior parte do tempo, durante o dia (jurava que era tudo à noite), e de Rambo não ser um cara negro - como o personagem de Robert Downey Jr. neste filme recente também de guerra na selva (se eu não tivesse revisto “Rambo II” em cópia decente um tempo depois, poderia até pensar que o personagem branco/negro em “Trovão Tropical” era uma homenagem/referência/paródia ao Rambo do Sylvester Stallone).

Mas como sempre eu divago um montão (pelo menos sem dizer “ah! no passado era tudo mais bão”). O lugar aonde eu queria chegar, ou o tempo, sei lá, era mais ou menos nesta época em que os filmes eram todos piratas e, até por conta disso, inúmeros filmes eram tosqueiras obscuras que nunca mais eu vi na vida, seja em fita original, DVD ou mesmo nos e-mules da vida. Muitas vezes porque nem o nome do filme, nem diretor, nem atores eram dignos de permanecer na minha memória. Não é o caso de “Xtro”.

Mesmo sem saber de elenco ou equipe técnica, eu guardava algumas boas memórias do filme. E revendo-o, eu descobri a razão. O filme é uma tosqueira muito boa. E tem inúmeras cenas emblemáticas, fortes, marcantes mesmo. E isso não é piada. As cenas impressionam pelo ineditismo, pelo inusitado, pelo impacto visual e, algumas, claro, pelo absurdo e pela gratuidade. A primeira aparição do ET, o (re)nascimento do abduzido, o Falcon vivo, o tanque de guerra, o surreal (e besta) palhaço sem-graça, os contatos imediatos – tudo isso permanecia gravado de forma indelével na minha memória, desde os tempos de adolescente babão até hoje. E o pior: era tudo (ou quase tudo) muito bão.

Reencontrar tal tosquice foi como reencontrar um momento quase imaculado do meu passado (profundo isso, não?).

Pra você entender mais ou menos sobre o que versa o (estapafúrdio e frágil) roteiro, pense nele como uma versão inglesa e “do mal” de “E.T – O Extraterrestre” (veja só, eu lembrava até que o filme era inglês, mas isso só por conta da mão inglesa por onde os personagens dirigem pra lá e pra cá – e muito!).

Em suma: vale ver. E ter medo. Pouco medo. E rir. Rir muito.

Postado por Nery Nader Jr às 15:40

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quarta-feira, março 18, 2009


From Abba To Zappa



Será que você sabe todos, de A a Z?

Postado por Nery Nader Jr às 15:02

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sexta-feira, março 13, 2009


O Roteiro De Kevin Smith Para “Watchmen – O Filme”



O post anterior apresentava um link para um podcast com as opiniões de Kevin Smith sobre “Watchmen – O Filme”. Em determinado momento, ele diz que Zach Snyder realizou um grande filme, bem melhor do que ele próprio faria...

Aí eu fiz um exercício mental, imaginando como seria “Watchmen” dirigido por Kevin Smith. Eis o roteiro:

Externa: plano aberto mostrando a fachada do Gunga Dinner.

Corta para o interior. Nite Owl entra pela porta. Alguns clientes olham para ele, que parece constrangido com a atenção despertada. Lentamente ele caminha até a última mesa, onde Rorschach está sentado.

Nite Owl: - Não poderíamos ter marcado o encontro em outro lugar? Na Owl-Cave, por exemplo? Eu me sinto meio exposto aqui.

Rorschach: - Dan, alguém está matando os mascarados.

Nite Owl: - Oi Rorschach, tudo bem? Eu vou bem, também. Um pouco desanimado, mas vou levando.

Rorschach: - Dan, alguém está matando os mascarados.

Nite Owl: - Você podia ao menos fingir ser um cara normal. Um sorrisinho feito com essas manchas pretas já bastaria...

Rorschach: - Dan, alguém está mat...

Nite Owl: - Ok, eu já ouvi. Alguém está matando a porra dos mascarados. Você deve estar preocupado, então. Mas eu, não. Não sou mais um mascarado... quer dizer... hoje sou, porque você pediu para que eu usasse isso... e... é, é engraçado, mas esta roupa agora me deixa barrigudo.

Rorschach: - Dan, você está barrigudo. Isso não é bom. Vamos precisar estar em forma para enfrentar esta ameaça.

Nite Owl: - Ok, você venceu. Me conte a sua teoria conspiratória da vez. Vou tentar acreditar... (falando baixinho), se não for como daquela vez em que você falou que o Dr. Manhattan nunca esteve na lua...

Rorschach: - Ele não esteve. As sombras não batem... havia mais de uma fonte de luz e...

Nite Owl: - Porra! Quer por favor voltar para o assunto em questão!

Rorschach: - O Comediante está morto. O Dr. Manhattan se exilou em marte e...

Nite Owl: - A-ha! Pra marte você concorda que ele foi!

Rorschach: - E aquela gostosa da mulher dele, a tal Silk Spectre, está desaparecida...

Nite Owl: - A Silk... é... ela... é... bem... ela está na minha casa...

Rorschach: - Ah... sei... tá comendo?

Rorschach faz um sinal com as mãos, simulando uma cópula.

Nite Owl: - Pô, não fale assim...

Rorschach: - É, acho que é mesmo difícil competir com um cara azul que está sempre com o pau de fora.

Nite Owl: - Não é isso... é que...

Rorschach: - Caralho! Você não comeu ela. A gostosa está há dias na sua casa e você ainda não comeu! Que vacilo, Dan.

Nite Owl: - Não me chame de Dan... a garçonete vem vindo.

A garçonete mal-humorada se aproxima.

Garçonete: - Vão querer comer?

Rorschach: - Ele quer... mas até agora não conseguiu nada...

Garçonete: - E você?

Rorschach: - Uma salada de feijão-cavalo.

Garçonete: - Vocês vieram de uma festa à fantasia, certo? Hehe! E você, Yoda, vai querer alguma coisa?

Nite Owl: - Nada por enquanto. Obrigado.

A garçonete se afasta.

Nite Owl: - Yoda? Ela me chamou de Yoda?

Rorschach: - Deve ser por causa das orelhas...

Nite Owl: - Eu sou uma coruja!

Rorschach: - Aliás, por que você não escolheu um animal mais másculo, Dan. Um morcego, talvez. Ou um polvo.

Nite Owl: - Polvo?

Rorschach: - Polvo é legal, com todos aqueles braços... você poderia ter uma arma de tinta preta...

Nite Owl: - Ainda não acredito que ela me chamou de Yoda...

Rorschach: - É, até porque o Yoda morreu... ei... será que isso não quer dizer nada?

Nite Owl: - Só quer dizer que ela gostou de “O Retorno De Jedi”. Eu também gostei, claro, mas o “Império” é melhor...

Rorschach: - Eu não gostei de “O Retorno De Jedi”.

Nite Owl: - Não? Por que não?

Rorschach: - Sabe aquela hora da batalha de Endor, quando um dos Ewoks morre?

Nite Owl: - Sei... e...

Rorschach: - Aquele Ewok morto, caído no chão, imóvel, aquilo me lembrou a carcaça de um cachorro sem vida... que me lembrou um momento da minha vida que eu quero esquecer...

Nite Owl: - Será que os Ewoks fazem sexo? Deve ser engraçado ver aqueles bichinhos fofinhos mandando ver...

Rorschach: - Pelo menos eles não trepam ao som de “Hallelujah”...

Nite Owl: - O quê?

Rorschach: - Never mind...

Neste momento, Jay e Silent Bob (digitalmente rejuvenescidos) entram como loucos no Gunga Dinner. Jay olha para Rorschach e o chama.

Jay: - Hey, Rorsch! Você precisa ver isso, dude. Uma fucking lula gigante acaba de aparecer lá no fim da rua... do nada. Foi só pssssshhh e lá estava ela... não sei se é uma promoção do show dos “Pale Horses”... ou se é só a tua mãe de pernas abertas...

Neste momento, Silent Bob olha para todos, assustado.

Silent Bob: - Hey... a lula gigante... ela parece estar prestes a detonar uma onda de choque psíquica e...

Neste momento, surge um clarão azul e todos caem mortos.

Sobem os créditos.

Postado por Nery Nader Jr às 18:28

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Podcasts Nerds Sobre “Watchmen – O Filme”

X

Aqui você pode ouvir um bando de nerds de um site nerd discutindo “Watchmen” por quase duas horas, contando com a presença especial de Kevin Smith. Entre as muitas nerdices, destacam-se observações polêmicas e interessantes, como Zach Snyder ser o Jesus dos nerds, o real porquê de Alan Moore não querer ver a sua obra maior adaptada para outra mídia de maior público, as implicações e limitações do novo final e, até mesmo, a verdadeira orientação sexual de Rorschach. Já neste link, ao contrário das opiniões favoráveis, nerds brasileiros bem maletas tentam explicar porque desgostaram tanto do filme.

Postado por Nery Nader Jr às 18:20

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quinta-feira, março 12, 2009


“Watchmen” (Alan Moore E Dave Gibbons) X “Watchmen – O Filme” (Zach Snyder)



(Atenção: estas elucubrações contém vários spoilers para quem não leu os quadrinhos e/ou não viu o filme)

Acabei de re-re-re-re-reler “Watchmen”. Desta vez só pra ver o quanto o filme é igual aos quadrinhos. Na verdade, eu já sabia que seria muito, porque a minha memória é fraca, mas nem tanto. Ainda mais quando se trata de um gibi que eu releio de tempos em tempos e que tem muitas de suas passagens marcadas de forma indelével no meu próprio imaginário popular.

Então vamos lá... primeiro o óbvio: o diretor Zach Snyder e os roteiristas David Hayter e Alex Tse conhecem, e muito bem, o universo de “Watchmen”. E são apaixonados por ele. Isso é indiscutível. Se eles conseguiram captar a essência da obra, é outro papo. Uns acham que não. Outros acham que sim. Como eu.

As primeiras edições ganharam transição quase integral/literal para a telona. Cenas, diálogos, recordatórios, clima... está tudo lá. O maior beneficiado foi sem dúvida o segundo capítulo, que surge inteirinho, com começo, meio e fim – um bloco a parte no filme como um todo.

Mas há quem diga que, no decorrer da história (a do cinema), as coisas foram se acelerando demais, apresentando desfechos por demais apressados. Neste ponto, é verdade que a trama toda vai ganhando velocidade, até porque o cinema deve funcionar assim, dirigindo-se para o clímax através de um óbvio crescendo. Afinal, na HQ, o clímax chega na edição n° 12, mas as anteriores apenas pincelam a chegada do fim, sem aumentar o ritmo. Isso se deve ao fato de quase toda edição é dedicada a um personagem em especial, contando um pouco de sua história ao mesmo tempo em que os fatos vão se desenrolando (quase como “Lost” fazia em suas duas primeiras temporadas). Por isso mesmo, Rorschach tem uma origem com menos tempo de tela do que o Comediante, assim como Silk Spectre (ainda não me acostumei com Espectral) descobre a verdade sobre seu pai de forma mais abrupta, enquanto Ozymandias simplesmente não tem passado.

Mas quer saber? Nada disso me incomodou. E sabe por quê? Porque a origem de Ozymandias no capítulo 11 não é lá a melhor da série (estando mesmo para a pior). Menos pela história de vida em si e mais pelo modo como ela nos é apresentada. Ele falando aos seus três serviçais mortos é didático demais (quase uma necessidade de se explicar melhor o perfil do cara). Sem falar que a esta explicação se soma aquela do plano mirabolante, que ele destrincha para Rorschach e Nite Owl – e que funciona melhor simplesmente pela ironia presente, onde o vilão conta o plano “depois” de agir. Da mesma forma, a origem de Rorschach tem lá sua dose de didatismo desnecessário – que foi suprimida. E assim o filme ganha ritmo quando precisa.

Afinal, é preciso parar também com essa aura imaculada que “Watchmen” possui. Mesmo sendo uma das melhores obras dos quadrinhos, com espaço para muitas leituras e análises, ela tem alguns excessos e escorregadelas. Alguns clichês, como o gozo de fogo de Archie, não foram criados pelo cinema, mas pelo próprio Moore. O salvamento realizado pelos heróis no incêndio do prédio pode ter sido aumentado no cinema, com mais ação e cenas de impacto, mas Moore fez Nite Owl pilotar a nave de seu teto, ao som de Billy Holiday, e com direito a cafezinho. Não acho isso tão sensacional. Se era uma ironia para com a ingenuidade da era de prata ou algo assim, eu não captei. A cena romântica de Silk Spectre com o mesmo Nite Owl, ao final, na beira da piscina, também não me parece um primor de sensibilidade e emoção, soando meio gratuita.

E chegamos enfim a mudança mais drástica de todas: o final. E o final é realmente diferente. Mas funciona. Mais do que criado para escapar de um monstro gigante, ele parece ter sido escolhido para deixar o filme mais fluido, já que o monstro implicaria em mais uma longa subtrama. O desfecho em si não me incomodou. O amarrar de tudo talvez tenha sido meio equivocado, deixando algumas pontas soltas. Mas nada tão ruim assim. Eu realmente só senti falta de cena em que o navio explode – mesmo isso sendo mais um baita clichê. E mesmo achando a interpretação de Matthew Goode equivocada, não penso que o filme transforme Adrian Veidt em um simples vilão, enquanto a HQ lhe garante mais profundidade. Quando, nos quadrinhos, ele chega à sua base na Antártida, o personagem surge totalmente vilanesco, beirando os clichês, ao mesmo tempo em que não parece nem um pouco preocupado com tudo de errado que cometeu e que irá cometer. No filme, ele se mostra mais perturbado com tudo, demonstrando maior humanidade. Me parece mais coerente com alguém que opta pela solução final e que não tem certeza do quão acertados serão seus atos. Na HQ esta dúvida só surge no diálogo final dele com o Dr. Manhattan.

O que me parece mais importante, em vista das diferenças e semelhanças entre as duas obras, é a manutenção do sentido (ou dos sentidos) da história. As reflexões que elas suscitam são iguais, ou muito semelhantes. Os conceitos não foram desvirtuados. As personalidades permanecem intocadas. Os atos são coerentes com estas personalidades, mesmo quando, no filme, a ação difere da escolhida nos quadrinhos. E o universo, a aura, a essência de “Watchmen” surgem inalterados. E isso, em Hollywood, é como oxigênio se transformando em ouro.

Postado por Nery Nader Jr às 10:55

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terça-feira, março 10, 2009


Os Créditos De Abertura De “Watchmen – O Filme”



Se você já viu o filme, aproveite para rever a já clássica sequência de abertura (e rápido, que a Warner anda tirando tudo do ar). Agora, se você não viu, não veja. Ela, e o filme como um todo, merecem uma tela de cinema como poucos.

Postado por Nery Nader Jr às 17:09

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segunda-feira, março 09, 2009


“Watchmen – O Filme” (Zach Snyder)



Abstração. Dissociação. Desagregação. Quebra. Desapego. Você precisa de um pouco de tudo isso para poder analisar com coerência qualquer adaptação se, por ventura, você é um puta fã da obra original.

Senão você vai espernear e chiar dizendo que faltou isso e aquilo, que sobrou aquilo e isso, e que mudaram um pouco de tudo e mais um pouco.

Como vem acontecendo com “Watchmen – O Filme” que, pelo que dá pra perceber, parece mesmo (per)feito para desagradar a gregos (espartanos incluídos) e troianos. Isso porque, de um lado, temos todas as viúvas do Alan Moore que, ao invés de fazerem como o inglês, simplesmente não assistindo ao filme, vão ao cinema só para reclamar da perda da essência, da distorção dos princípios e da avacalhação com o sentido da obra. Ao lado destas, sentam-se os fanboys doentes, que vão chiar por conta de pormenores bestas, como a roupa com mamilos do Ozymandias ou as brigas sobre-humanas de heróis sem poderes sobre-humanos. Do outro lado, acompanhados de um balde gigante de pipoca e outro maior ainda de refri, acomodam-se todos os acomodados que não leram o gibi e esperam tão somente um filminho descartável de super-herói (desses eu pude ouvir as reclamações mais reverberantes, dizendo simplesmente que não entenderam o filme).

De quebra, restam eu, você (talvez – espero mesmo que sim) e mais um punhado de gente legal que realmente sabe ir ao cinema para curtir cinema. Gente que leu, gente que não leu, e até gente que dorme com o exemplar de “Watchmen” debaixo do travesseiro, mas que têm o discernimento necessário para assistir ao filme como filme e gostar (ou não) do filme como filme, e não como gibi filmado ou coisa assim. E para estes, uma constatação: o filme é muito bom. Tem lá seus excessos, claro, mas eu ainda acho muito melhor pecar por isso do que pela falta pura e simples.

Gostei sobremaneira da direção do Snyder. Todo mundo só sabe falar que ele filma em câmera-lenta pra depois acelerar abruptamente, mas quase ninguém fala da câmera-lenta usada para aumentar a beleza e o impacto de algumas cenas (como a do sepultamento – sensacional, com escolha perfeita da trilha e tudo mais), dos enquadramentos inspirados (no duplo sentido de por vezes se inspirarem nos quadrinhos e outras vezes serem realmente criativos e inéditos) e do ritmo correto e nem um pouco cansativo (mesmo em um filme de duas horas e meia, repleto de diálogos e sem tantos momentos de ação).

O elenco também foi escolhido com maestria, já que a maioria realmente desaparece em seus papéis. Para quem leu os quadrinhos (e eu, como não posso desler, vou sempre usá-los como base para algumas comparações), parece que estamos vendo os personagens do gibi ganhando vida. Bem diferente de, por exemplo, não conseguir enxergar o Demolidor simplesmente porque quem está sempre em cena é o Ben Affleck.

A direção de arte é perfeita em todos os pequenos detalhes que fazem a alegria dos fãs de pequenos detalhes. Em conjunto com a bela fotografia, ela é responsável por criar um universo ao mesmo tempo real e estranho, que oscila entre o conhecido e o nem tanto, definindo em imagens, e com primazia, um conceito geralmente mal-empregado conhecido como “realidade alternativa”.

A seleção de canções também é bem consistente, onde até as mais óbvias interagem muito bem com as cenas em que foram inseridas. A luta ao som de “Unforgettable” funciona, o sexo paródico/patético ao som de “Hallelujah” também, assim como a referência básica mas correta de “Cavalgada Das Valquírias”. Só mesmo “All Along The Watchtower” não me agradou. Mas “99 Luftballons” é perfeita e deliciosa e, caralho, eu ainda não acredito até agora que gostei até mesmo da versão punk-herege do My Chemical Romance para “Desolation Row”, do Dylan.

Entrementes, a seqüência mais emblemática, aquela onde você percebe que realmente escolheu o filme certo, e que colabora ainda para que ele se torne um clássico, é a dos créditos iniciais ao som de “The Times They Are A-Changin’”. Isso é cinema, meu irmão. E dos bão.

(E amanhã: uma visão mais nerd – mas sem muita maletice – da coisa, com algumas comparações filme/HQ e outras ponderações irrelevantes).

[E se você quiser ver o pôster na versão "grande e bonito", clique na imagem {do pôster, oras}].

Postado por Nery Nader Jr às 18:37

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sexta-feira, março 06, 2009


“Watchmen N° 4” (Alan Moore E Dave Gibbons)



Não vou ficar falando aqui, neste blog que ninguém lê, do significado da minissérie “Watchmen” para o universo dos quadrinhos, ou mesmo para o universo em geral. Isso tudo você vai achar em tudo que é canto da internet por estes dias. Prefiro ser mais específico. Vou falar apenas e tão somente do significado de “Watchmen” para mim mesmo. E o porquê de “Watchmen”, e de mais algumas outras HQs publicadas por aqui no fim dos anos 80 e começo dos 90 serem consideradas por mim, até hoje, as melhores que já li.

É simples: “Watchmen”, e “O Cavaleiro Das Trevas” antes dele, elevaram os quadrinhos a um novo patamar, quebrando paradigmas e temáticas adolescentes, mudando de certa forma a indústria quadrinística americana e de quebra, como sempre, a do resto do mundo. Tudo bem que o Eisner fazia coisas lindas e com temática adulta desde a metade do século passado. Tudo bem que nos anos 70 e início dos 80 muitos autores experimentaram bastante com os personagens clássicos. Tudo bem que no resto do mundo tinha muita gente maluca e alternativa fazendo quadrinhos malucos e alternativos. O problema é que tudo isso não chegava, ou chegava pouco, às nossas mãos – e às de milhares de leitores que antes se contentavam com o básico. E mesmo com estas exceções esporádicas, na essência a evolução era por demais insipiente e tímida. A ruptura mesmo veio com as duas obras supracitadas, seguidas de uma avalanche de coisas legais, e outras nem tanto. O fato de eu estar atingindo a maturidade junto com os quadrinhos só ajudou. Ver temáticas mais sérias e complexas justamente quando você passa a enxergar o mundo de maneira mais séria e complexa é algo recompensador. Tanto que eu consigo me lembrar não apenas dos capítulos destas minisséries, mas dos locais e situações em que eles foram lidos – nem todos, claro, mas alguns (talvez aqueles mais marcantes para mim).

A edição de número 4 de “Watchmen”, por exemplo, foi lida durante o dia, ao ar livre. Era um dia ensolarado, mas com a luz difusa, que ia e vinha por entre as árvores. E lembro que foi esta edição que me pegou de jeito. Confesso que, numa primeira leitura, os capítulos anteriores não tinham conseguido conquistar minha total simpatia. Entretanto, a pseudociência (difícil saber o que ganha ou perde hífen nos dias de hoje) responsável pelo nascimento do Dr. Manhattan me arrebatou. Principalmente pela narrativa perfeita, contando tudo ao mesmo tempo agora, numa avalanche onde passado, presente e futuro inexistiam. Era curioso poder penetrar na mente cada vez mais analítica e desprovida de emoções do Dr. Manhattan e, ainda assim, se emocionar com fatos e fatos, sem falar na impressionante construção do castelo-relógio em Marte. Aquilo era arte pura feita de quadrinhos. Era poesia. Era precisão relojoeira num concatenar de intrincadas engrenagens, criando uma história única.

Ainda assim, sou um herege. Não considero “Watchmen” a melhor coisa dos quadrinhos. Nem mesmo a melhor de Alan Moore. Prefiro a anarquia de “V De Vingança”, com sua esperança mais simplória, suas emoções mais, hum, básicas e fáceis, talvez. “Watchmen” sempre me pareceu por demais imerso numa forte melancolia, numa angústia vazia, numa visão entristecida e por vezes cínica e mórbida do que é ser um super-herói. Lembro do Jotapê Martins, tradutor de inúmeros quadrinhos, inclusive “Watchmen”, dizer na antiga revista Wizard que odiava o Alan Moore justamente porque ele mostrou o quanto os super-heróis são impossíveis de existir num mundo real. Por conta disso, Jotapé culpava Moore por estar promovendo o sepultamento do gênero.

Observando o atual total desprezo do barbudo inglês pelo tema, até parece verdade. Mas não acho que em “Watchmen” ele tenha limado da existência todos os encapuzados, encapados e poderosos. Ele apenas mostrou o lado triste, por vezes ridículo, por vezes infantil, por vezes angustiante de se ser super. E talvez por isso, sua obra se fez eterna e ótima. Tanto que naquela época a consideravam infilmável. Não acho que é pra tanto. Espero conferir isso no fim de semana. Segunda eu volto.

Postado por Nery Nader Jr às 16:43

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Saturday Morning Watchmen?

Postado por Nery Nader Jr às 09:35

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quinta-feira, março 05, 2009


Oração Do Dia

"Por que escovar os dentes quatro vezes ao dia e fazer sexo duas vezes por semana? Por que não o contrário?" (Woody Allen)

Postado por Nery Nader Jr às 15:24

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“Coraline E O Mundo Secreto” (Henry Selick)



Medo é um treco infantil por natureza, pelo simples fato de que é complicado justificá-lo, na maior parte do tempo. Por isso mesmo, nada mais natural que existam (ainda que de forma rara) filmes infantis capazes de apresentar este medo irracional para as crianças de hoje, assim como nós pudemos conviver, quando rebentos, com o medo da bruxa de “Branca De Neve”, com a surrealidade de “Os 5.000 Dedos Do Dr. T” ou com o diabólico “O Bebê De Rosemary”, embora eu ainda ache que este último filme, muito provavelmente, não devesse ter feito parte da minha infância.

“Coraline E O Mundo Secreto” é assim: de meter medo. Aquele medo do desconhecido, do inusitado, do mundo perfeito que todos nós sabemos que pode ser tudo, menos perfeito.

Melhor ainda é que todo o medo contido neste filme se traduz no clima, no ritmo, na capacidade de apresentar sutilezas discrepantes, e crescentes, que demonstram o “algo errado” que existe no tal mundo secreto. E nada de sustos óbvios. Ou clichês básicos de ação ou tensão.

Culpa de Neil Gaiman, em parte, penso eu. Afinal, este cara consegue meter medo de forma simples em enredos nem tanto. E consegue criar mundos particulares com inúmeras particularidades neilgaimanianas, mesmo quando escreve, teoricamente, para crianças.

Culpa também de Henry Selick. Ele é capaz de fazer mundos (e medos) impensáveis existirem na realidade do stop-motion, e com uma precisão e um nível de detalhe também impensáveis. E consegue pensar e filmar em 3 dimensões de forma coerente e bela, quase nos colocando dentro de cenários perfeitos, climáticos, surreais e belos.

É, usei “bela” e “belos” numa mesma frase, e não foi por acaso. Assim como não foi por acaso que “medos” estava no mesmo parágrafo. É que, não por acaso, este filme consegue a proeza incrível de tornar belo o medo, e medo o belo.

Postado por Nery Nader Jr às 09:56

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quarta-feira, março 04, 2009


Bom Filme Ruim - “A Bolha Assassina” (Chuck Russell)



O tubarão-mecânico do Spielberg vivia dando problema e reza a lenda que este foi o grande motivo das poucas aparições do bicho – e do grande suspense do filme. O “não-mostrar” estava atrelado aos problemas técnicos e, talvez por isso, tenha funcionado tão melhor do que o “mostrar tudo” das sequências tolas e toscas e das cópias recentes, como aquele filmeco com o Samuel L. Jackson que eu nem lembro o nome e que só vale a pena pela morte do personagem do próprio Samuel L. Jackson.

Por outro lado, no filme “A Bolha”, de 1958, a opção por “não-mostrar” a bolha, na maior parte do filme, se deve menos a problemas técnicos e muito mais a falta de técnicos, ou melhor, de dinheiro para bancá-los. Longe de ser (e de contar com o orçamento de) um filme “B” (estava mais pra filme “C”, “D” ou até mesmo “E”), “A Bolha” se obrigou a criar suspense enquanto se prendia, na maior parte do tempo, às peripécias dos personagens jovens tentando fazendo o resto da cidade acreditar numa gosmenta bolha rosa que comia pessoas para crescer desmedidamente. O clímax é quase constrangedor, com a bolha (pintada) envolvendo uma lanchonete (também pintada). Mesmo assim, o filme funciona muito bem, em parte pelo carisma do estreante (como protagonista) Steven McQueen, em parte pela canção de abertura de Burt Bacharach.

Mas para provar que a moda dos remakes não é exclusividade deste século, o filme ganhou seu reboot nos temíveis anos 80, com direito a mullets, néons e animatronics. Mas qual não foi a minha surpresa ao constatar que o filme é bom não apenas por ser ruim. O roteiro, pasme comigo, é de Frank Darabont. E podemos perceber que a amizade com Stephen King o influenciou desde o início da carreira, principalmente na criação de personagens interioranos muito próximos daqueles moradores do Maine que povoam as obras de King, contando inclusive com um padre meio psicótico que não vê a hora do juízo final chegar, nem que para isso seja preciso uma mãozinha terrena.

Além do roteiro, temos a boa direção de Chuck Russell, que depois faria o ótimo “O Máscara” para, em seguida, errar triplamente a mão. Neste filme, a despeito dos inúmeros clichês, ele sabe dar ritmo ao caos, com direito a perseguições no esgoto e tudo mais. Mas a cena mais marcante é mesmo aquela em que um personagem literalmente entra pelo cano. Os atores, por outro lado, não impressionam nadinha de nada, mas pelo menos são a cara cuspida e escarrada dos anos 80. E por fim temos os bons efeitos, que finalmente mostram a bolha em toda a sua magnitude gosmenta e repulsiva.

Em suma: um belo exemplar do cinema despretensioso e decente da chamada década perdida.

Postado por Nery Nader Jr às 14:13

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“Quem Quer Ser Um Milionário” (Danny Boyle)



Foi só na segunda vez que eu aprendi a gostar deste filme – uma segunda vez ainda antes dele se tornar o grande ganhador do Oscar® 2009. Isso porque foi só na segunda vez que eu pude captar o sentido da coisa. “Quem Quer Ser Um Milionário” é realmente (e só) o que parece: um filme simples, simpático, otimista e descompromissado. Nada de muito profundo, nada de muito obtuso, nada de muito, afinal. Só um enredo bacaninha, um suspense básico, uma direção decente e pronto, está pronto o conto de fadas do século 21. Agora que eu saquei o ardil, posso dizer que até gostei do filme. Mas confesso que gostei bem mais do épico-intimista-emocionante-ainda-que-anti-emotivo conhecido como “O Curioso Caso De Benjamin Button”.

Postado por Nery Nader Jr às 10:37

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