quinta-feira, novembro 30, 2006


Solilóquio De Cinema



Roy Batty: "I've seen things you people wouldn't believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion. I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhauser Gate. All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die."

(“Blade Runner - 1982)

Postado por Nery Nader Jr às 18:02

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quarta-feira, novembro 29, 2006


Em Triste Sido



Fora triste. Vida toda triste. Sem-graça. Sem vida. Sem sol nem arrebol nem flor nem cor. Coisa triste mesmo de se ver. Ou de se ser. Mas o que o fez tão triste assim? Ninguém sabia. Se segredo era, só a ele cabia. E então, sem mais nem menos, num dia triste de setembro, ele abandonou a vida, meio que por vontade própria - ou assim fez parecer. E se algum consolo o fato lhe trouxe, foi justamente o de saber que a sua morte, pelo menos, podia ser triste sem que lhe questionassem o porquê de tal tristeza.

Postado por Nery Nader Jr às 16:44

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Música (boa) para ouvir.

Postado por Nego Lee às 13:59

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terça-feira, novembro 28, 2006


Vai Estender



Você quer ver/ter as versões estendidas da trilogia "O Senhor Dos Anéis"? Você não está nem aí pro Frodo & Companhia (ou Sociedade), mas acha uma sacanagem edições especiais de filmes e séries não darem as caras por terras-brasilis? Então assine este abaixo-assinado.

Postado por Nery Nader Jr às 18:58

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segunda-feira, novembro 27, 2006


Happy Birthday To Me

Digo trinta e três. Diga o parabéns. : P



(Na foto, eu na cama elástica da festa.)

Postado por Nego Lee às 22:02

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Movimento



Ou somos muitos influenciáveis ou somos vagabundos mesmo. O fato é que aderimos a isto.

Postado por Nery Nader Jr às 09:50

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sexta-feira, novembro 17, 2006


"Gremlins" (Joe Dante)



Todo mundo conhece os grandes clássicos, enche a bola dos grandes clássicos, destrincha as particularidades dos grandes clássicos, e blá-blá-blá dos grandes clássicos.

O que muita não gente não percebe é que certos clássicos existem pequenos. Clássicos que nunca quiseram essa grandiosidade e que mesmo assim se revelam perfeitos para quem sabe valorizar suas reais dimensões.

Toda essa minha enrolação inicial foi pra dizer que "Gremlins" é um pequeno clássico. Um filme perfeito em sua medida, seu tratamento, seu conjunto. Uma pequena pérola jogada aos porcos anos 80, com seus mullets e néons e ternos com ombreiras e patricks swayzes e mollys ringwalds. Mas "Gremlins" é atemporal. Sua cidadezinha é atemporal. Seus personagens são atemporais. Ou se não, pertencem a uma década mais ao meio do século passado. Década (e cinema) esta tão idolatrada pelo diretor Joe Dante.

Dante gosta mesmo é dos filmes B em PB com monstros falsos e olhares apavorados idem. E se "Gremlins" foi escrito pelo roteirista (infantil), e hoje diretor (infantil), Chris Columbus, suponho que toda traquinagem, malvadeza e anarquia dos verdinhos sejam piração da (na época) boa mão de Dante.

Boa mão porque soube criar suspense com calma, desenvolvendo personagens, inclusive todos aqueles coadjuvantes que vão sofrer nas mãos dos Gremlins para logo depois desaparecerem sem fazer falta.

Boa mão porque soube misturar a ternura e simpatia de Gizmo com a loucura e simpatia (por que não?) de Stripe. E porque soube incluir referências com cuidado e coerência - inclusive homenageando uma das grandes influências do filme (Chuck Jones) com um papel-relâmpago. E porque soube dosar marionetes, stop-motion, fantoches e sabe-se lá se animatronics de um jeito perfeito num mundo pré-CGI. E porque soube pedir pro Jerry Goldsmith uma trilha divertidíssima - uma das primeiras que me chamou a atenção e que me fez inclusive comprar o disco. E porque fez um filme memorável, com cenas antológicas (o que é toda aquela seqüência da mãe do herói lutando com os Gremlins na cozinha?), ritmo perfeito e mais alguma coisa que eu não sei definir muito bem, mas que normalmente é chamada de "magia".

P.S.- O filme teve uma seqüência nada clássica, mas ainda assim divertidíssima, partindo pra anarquia total, valendo-se de paródias inspiradas para filmes e desenhos animados, com toques de metalinguagem e outras doideras que muita gente não gostou. Mas como eu não sou "muita gente", gosto demais também.

P.S.2- O DVD do filme é pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré. Nem widescreen, nem dublagem em português, quando mais extras. E olha que este é um filme que merecia muitos extras para revelar segredos de produção. O jeito é esperar mais uns 3 anos e torcer por uma edição comemorativa de 25 anos.

P.S.3- Se na época os monstrinhos dançavam ao som de Michael Sembello (quem?), hoje eles devem bater cabeça tocando System Of A Down (quem?).

Postado por Nery Nader Jr às 17:35

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Outro Hombre



Depois de três vivas e três links pra três caras legais pra se aplaudir três vezes aqui, ó, mais um para a turminha:

Jack White = O poli/valente 50% dos White Stripes faz bonito na ação entre amigos chamada The Racounteurs.

Clap!

Postado por Nego Lee às 10:22

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quinta-feira, novembro 16, 2006


"O Apanhador De Sonhos" (Lawrence Kasdan)



Alguns filmes são tão ruins, mas tão ruins, mas tão ruins, que conseguem ser bons. Pelo menos para fãs de trasheirices, como eu.

E fãs de trasheirices sabem que os melhores trashs são justamente aqueles que se levam a sério. Caso deste "O Apanhador De Sonhos".

Outro facilitador para eu gostar do filme foi a execração quase total da crítica quando do lançamento do mesmo nos cinemas. Aí, obviamente, você já não vai esperando muita coisa mesmo. Entrementes, o maior problema que eu vejo para tanto desgosto é que talvez o filme tenha se vendido errado, numa tentativa de não revelar suas surpresas. E assim muita gente deve ter pensado que a coisa toda era sobre o sobrenatural, ou talvez algum tipo de suspense psicológico, ou até mesmo um filmeco de serial killer meio que do além. Até pelo título bem nada a ver.

Mas não saber nada ou quase nada sobre o filme é um dos fatores que o torna tão divertido. Os absurdos se sucedem com uma naturalidade também absurda, misturando gêneros e nos entregando momentos cômicos, bestas, escatológicos, tensos, primorosos e constrangedores. Os (na maioria) bons atores até que se esforçam para dar credibilidade aos seus personagens idiotas (no início, pelo menos), para depois mergulharem no nonsense de alguns diálogos e/ou situações, permitindo ao filme se perder e se encontrar por mais vezes do que eu consegui contar.

Procurando ecos do que Stephen King já fez de bom? Você vai encontrar aqui e ali. Procurando explicações de qualquer tipo pra tudo que pipoca na tela? Esqueça. Procurando um bom final? Fique com o final alternativo, que na verdade é o original, e que você encontra nos extras do DVD. Procurando bons efeitos especiais? Eles existem, mas nem sempre. Procurando boas sacadas? Existem também, principalmente na viajada interpretação do funcionamento do cérebro do pobre Jonesy. Procurando suspense? Até que tem, garantindo alguns sustos e alguma tensão. Humor? Há momentos que querem nos fazer rir de propósito. Mas há também outros tantos com um humor puramente involuntário. Procurando direção decente? Até que o Kasdan consegue compor boas seqüências. Mas outras tantas são sofríveis.

Por aí você já percebe a salada que o filme é. E mesmo assim, sendo bom e ruim na mesma medida, eu não desgrudei os olhos da telinha nos 136 minutos do filme, e tampouco bocejei em momento algum. Na real, me diverti pra caramba. E é justamente essa diversão que justifica tantas linhas para um filme tão ruim.

Postado por Nery Nader Jr às 18:21

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quarta-feira, novembro 15, 2006


Post Inevitável



E espetacular!

Postado por Nego Lee às 09:03

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terça-feira, novembro 14, 2006


Simpsons? Fanboys? Fico com os dois.

Postado por Nery Nader Jr às 10:05

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segunda-feira, novembro 13, 2006


Thank God For MP3



Como pude passar tanto tempo desconhecendo essa banda?

Postado por Nery Nader Jr às 18:45

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The quick brown fox jumped over the lazy dog.

Postado por Nego Lee às 11:05

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sexta-feira, novembro 10, 2006


Dias Estranhos



Sexta sem cara de sexta. "Larga mão de ser besta!". Mas é sério. Há algo de estranho no reino dos cães dinamarqueses. "Piada besta!". Certo. Nem piada era. Quase um trocadilho, acho. Ou não. Mas que seja. Agora sinto uma vontade obscura de tomar uma cerveja. Finalmente a sexta se apresenta. E pode ser que eu me sinta melhor depois de um gole ou dois. Ou depois de uma garrafa ou duas. Geralmente funciona. "Cachaceiro metido à besta!" Quem está se intrometendo? Coisa mais esquizofrênica. Deve ser porque revi ontem "Quero Ser John Malkovich". Gostei mais na primeira vez. O inusitado perde força na revisão. E falta, sei lá, um pouco de emoção. Mas tem bons momentos. "O filme é do caralho, seu besta!". Certo. Melhor parar por aqui porque as coisas não estão andando muito bem. Até porque a semana não foi tão boa. Na realidade, os dias seguem atropelando a coerência. Desde o feriado. Também pudera. Mas tudo bem, vou ficando por aqui. Segunda eu volto. Câmbio final. "Texto besta! Nem disse a que veio..."

Postado por Nery Nader Jr às 16:30

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quinta-feira, novembro 09, 2006


O Bom e o Melhor



A noite caia como uma espinha de peixe não digerida derrubada por uma gaivota em pleno vôo, ainda que ele não soubesse como caem as espinhas de peixe não digeridas derrubadas por gaivotas em pleno vôo.

Parado diante da analogia tacanha, segurando o riso nas entranhas, ele esperava pela mulher de sua vida. Somente o autor, no caso eu, e agora o leitor, no caso você, faziam companhia ao pobre homem quando tiro ecoou e a rua já silenciosa silenciou de todo. Ele desejou entrar no prédio dela, mas não podia interfonar e correr o risco do pai atender e lhe soltar os cachorros, ou um balde de água fria, via terceiro andar, direto em seu tão calculado traje. Ainda se fossem espinhas de peixe, para que ele pudesse saber a razão da tal analogia com o cair da noite...

Mas não, não tinha para onde correr. Não tinha carro nem garelli. Poupava para isso, mas o serviço lá no seu Nilso (só pra rimar) pagava mal. E depois, as noites com Eunice nunca eram baratas. Muito pelo contrário. A mocinha gostava do bom e do melhor. E ainda não tinha liberado o bom e o melhor para ele. Talvez esta noite, não fosse o tiro.

Deitar no chão. Em algum lugar, alguém ou alguma coisa falou para deitar no chão durante um tiroteio. Era feio, mas fazer o quê?

Foi quando viu os sapatos. As pernas bem torneadas. A saia curta. Os seios fartos a delinear a blusa justa. E antes de chegar ao rosto assustado de Eunice, algo parecido com um macaco hidráulico já o colocara de pé. Sempre de pé. Culpa da Eunice, que não liberava o bom e o melhor.

- Um tiro, querida...

E ao falar, como um imã, atraiu novo disparo. E novamente pôs-se aos pés de seu amor. Foi quando o corcel podre passou, com seu escapamento explosivo. Definitivamente, o bom e o melhor ficariam para outra vez. Ou para nunca mais.

Postado por Nery Nader Jr às 17:33

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quarta-feira, novembro 08, 2006


Esperando "Lost". Alguém está assistindo? Alguém está assim hoje?

Postado por Nery Nader Jr às 14:53

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Quino is a punk rocker.

Postado por Nego Lee às 12:03

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quarta-feira, novembro 01, 2006


TIM Festival - Pedreira Paulo Leminski - 31/10/06 (Por Nego Lee)



Post preguiçoso de poucas palavras, principalmente, pelo porre na Pedreira Paulo Leminski. Preparado?

Chegamos lá nós de sempre: eu e compadre mais as respectivas malas - : ) - além do Sr. Do Contra - : P - e o seu filho Do Contrinha - ; ) - debutando em festivais. Surpreendentemente, tudo rolou dentro dos conformes e se assucedeu (?) muito bem: estacionamento fácil, acesso idem (inclusive à beira do palco, já que curitibano velho fica parado e não gosta de trombar), banheiro mais ou menos farto e limpo, cerveja de marca e gelada, e bora ver qual é, neguinho, qual é. E qual foi? Assim...

Nação Zumbi = Ver uma banda pela milionésima vez só empauderece quando se é fã. Não é/foi o caso. Nada contra os viúvos do velho Chico, aliás, mais a favor, inclusive, a nível de frase mal escrita. Só que ouvir novamente a tamborzada boa dos caras depois de uns zilhões de apresentações não faz cócega como rolava antes. Vale por toda a simpatia e sinceridade costumeiras - e, também, pelo sotaque da letra "t" quando o povo do Recife fala Curi"t"iba. Isso é massa.

DJ Shadow = Hey! Hey! Hey! Didjêi rima com gay! Nada contra homem que empresta o cu, mas frescura tem limite. E eletrônico, for me, nunca vai deixar de ser som de fresco. Não adianta, não consigo, já tentei, amigo. E nem assim, com um festejado nome do gênero blá-blá-blá etc e tal em ação quase no quintal de casa, a cousa comanda para mim. E pior: foi no show dele que começou a chover para valer. R$ 5,00 numa capa de chuva e quase umas duas cervejas a menos. Saco.

Patti Smith = Essa é velha mas é boa. O show que eu achava que seria um porre foi uma grata surpresa. E olha que ela começou degavar, com uma puta baladona anti-clímax, mas consertou/compensou tudo logo em seguida com uma pá de belas e cada vez mais fortes canções (como a deliciosa "Redondo Beach"). Whatever, ela já merecia todas as palmas do mundo só por todos os picos e picas que levou na vida, mas mesmo assim prefere continuar fazendo bonito na ativa.

Yeah Yeah Yeahs = Mulher no palco é tudo, mesmo quando tudo que se apresenta é uma gringa esganiçada, feia e jacu. Mas é aí, exatamente neste ponto, que a cousa pega e funciona muito bem. A esganiçadisse (existe isso?), feiúria e jacuzice de Karen O. faz a diferença e representa a força motriz dos nova iorquinos, e torna o show deles algo no mínimo curioso de se ver. Eu, que não conhecia quase nada, vi e aplaudi, principalmente por causa de "Maps" e mesmo sem "Y Control".

Beastie Boys = "No Sleep Till Brooklyn", "Intergalatic" e "Sabotage" (com instrumentos de verdade!), mais "Body Movin'", "Can't, Won't, Don't Stop" (acho) e outras cousas mais. Não precisava de mais. Aliás, o parágrafo não precisa mais de nenhuma palavra "mais". Ops. De volta ao assunto: foi do trio de quarentões o melhor show da noite. Bom de ver, ouvir, beber, curtir, pular e dançar. E olha que rap é insuportável e não há quase nada no palco para apreciar. Vai entender.

E é/foi isso. Que venha o próximo/sei lá quem/uh-te-re-rê.

P.S.: Leia também o texto sobre ontem à noite, escrito no Zona Punk pelo Wlad, o homem da Weruska, a mulher que tem uma tatuagem dos Beatles sem pés. : D

+

TIM Festival - Pedreira Paulo Leminski - 31/10/06 (Por William Wilson)



Na noite dos boys metidos à beastie, foram as girls que comandaram. Nada mais justo para um Dia das Bruxas. Ou noite. Mas estou me atropelando. Então vamos rebobinar e começar do começo.

No início eram as trevas. E Deus disse: "Faça-se a chuva!". E disse mais: "Mas não àquela chuva de verão que despenca, ensopa e deu pra bola. Faça-se uma chuva bem curitibana, que não pára, parece até que não molha, mas molha e incomoda."

Só que eu me atropelo de novo. Na realidade, a culpa é toda da minha diarista. Ela jogou fora a minha capa-de-chuva-amuleto. Desde que a tenho/tinha, antes mesmo de ser um homem casado e responsável, eu a carregava pra tudo quanto é show e nunca chovia. Sério mesmo. As nuvens se ensaiavam, se aglutinavam, mas não conseguiam vencer o poder do meu patuá. Então tá. E quando você menos espera, sua diarista faz uma grande cagada e dá-lhe água.

Mas nem sei porquê estou falando tanto da tal chuva, que quase nem incomodou. Os únicos do grupo sem capa-de-chuva, que por coincidência são os dois donos desse blog, logo compraram das suas. E assim, igualzinho grande parte do público, nos disfarçamos todos de camisinhas gigantes e logo estávamos pulando como antes. Se bem que antes a gente não pulou.

Não pulou porque antes o que rolou foi a Nação Zumbi. E confesso: já vi a minha cota de Nação Zumbi por esta vida e por outras mais. Em seguida, quase nem vi a sombra do DJ Shadow. Sincera e preconceituosamente, acho que DJ não orna com festival.

E veio a véia. Estava esperando um show morno, porque as canções dela em vinil são mornas, na minha úmida opinião. Mas depois de abrir devagar, sucederam-se petardos pulantes pra caramba. Dos clássicos apoteóticos "Because The Night" e "Gloria" aos mais intimistas como "Free Money" e "Pissing In A River". Segurando todas as pontas, uma banda muito competente. Rolou ainda "Gimme Shelter" e a sensacional, matadora, puladora "Rock And Roll Nigger".

Patti Smith teria feito o melhor show da noite, não fosse a banda seguinte. Yeah Yeah Yeahs, baby. Meu único pé atrás com a banda, antes da sua apresentação, era de que talvez a performance de Karin O. fosse exagerada, prepotente e estudada demais - coisa que às vezes eu enxergava nas fotos e vídeos. Nada disso. É tudo carisma mesmo. E energia. E contágio. Da abertura com a música-feita-pra-abrir show "Gold Lion", passando por hits como "Cheated Hearts" e a maravilhosa "Maps" (que levantou toda galera), o show foi cativante de todo. Karin O. é cativante de todo. E o resto da banda não fica atrás no quesito animação+barulheira. Mas as músicas que realmente mataram a pau foram a pulante e barulhenta "Date With The Night", a bela e vigorosa "Miles Away", do primeiro EP, e a fenomenal melhor canção dos últimos tempos: "Phenomena". Com batida marcante, riffs inspiradíssimos, peso, suavidade, distorção, psicodelísmo e muito mais em menos de 5 minutos, só ela já valeria o show. Mas tivemos muito mais, como já falei. Até por isso, esta foi a melhor apresentação da noite.

"Three MC's And One DJ". Mais do que nome de música, o título resume o show dos Beastie Boys. Um show bem equilibrado, dosando hits capazes de levantar a galera, como "Body Movin'" e "No Sleep Till Brooklyn" com momentos mais, er, lentos (no sentido de participação/agitação do público), como "Pass The Mic" e "Skills To Pay The Bills". Mais interativos entre si do que com a audiência, os quatro contaram piadas particulares, brindaram aniversários, além de outros detalhes que eu perdi na tradução. Até entendo que os fãs tenham achado tudo divino e maravilhoso. Mas veja, hip hop realmente não é a minha praia, tanto que foi no bis, quando os guris empunharam instrumentos musicais encarnados fisicamente no local, que a coisa ficou mais róquenrol pra mim, fazendo o show deles valer o quanto pesou no ingresso.

Enfim, a lição de moral: "Você pode até desgostar de uma banda ou duas num festival assim. O que você não pode é perder um festival assim - ainda mais quando é assim, jogado em casa."

Postado por Nery Nader Jr às 15:50

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