quarta-feira, junho 30, 2004


Saco. Bosta. Merda. Pôrra. Caralho. Buceta. Puta que o pariu. Filha da puta. Vai se foder. Pênis. Bílis. Fezes.

Postado por Nego Lee às 11:45

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New Sensation?



Já experimentou a tal Elma Chips Sensações?

Pois eu tive a nítida sensação de estar comendo uma batata normal.

Postado por Nery Nader Jr às 10:07

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terça-feira, junho 29, 2004


Que Perpétuo é você?

Postado por Nery Nader Jr às 15:49

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segunda-feira, junho 28, 2004


Papo-Cabeça



Não é a primeira vez que eu escrevo sobre isso. A anterior foi isso. E isso é o seguinte: xampu. E condicionador.

Hoje estava eu, um dos escribas deste bloguinhu, nu no banhu, quando fitei o rótulo do meu xampu novamente. Assim estava (mais ou menos) escrito:

"Dove Therapy Regenerador."

Therapy? Regenerador? Uia. Além de tratar da cabeleira, com esse nome o tal também deve cuidar do célebro. O que mais esse povo vai inventar pro bem-estar das pessoas? Dove Chocolate?

Postado por Nego Lee às 12:07

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Rios, Pontes E Overdreams



Como muita gente, eu também tenho um sonho recorrente. Sonho com pontes. Todo tipo de pontes. E nos sonhos elas são sempre ameaçadoras. Sempre prestes a cair. Às vezes sem corrimões, às vezes com tábuas soltas, às vezes de concreto mas mesmo assim sujeitas a terremotos.

Noite passada sonhei com pontes outras vez. Eram duas, uma pênsil balançante e outra de madeira sem beirada nenhuma. E eu me cagando para passar por elas. Como sempre.

Vai entender...

Postado por Nery Nader Jr às 10:45

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sexta-feira, junho 25, 2004


Das Dores



Dilacerado às custas de um acaso olhou para o horizonte em busca de um afago
Anestesiado feito um transplantado ergueu à frente a fronte ao som de um uivo errado
Extasiado deu um berro ardente como um ser temente e fez no peito um rasgo
Fortificado com o seu pranto ausente transformou em frágil o mais potente brado

Quão delicada era a feição do fim já que ninguém foi ver qual o movimento dado?
Na tempestade que nasceu por que alguém não pode crer que sua existência é um fardo?
Recém-gerada a dor foi perceber que desejar viver é o mesmo que um pecado
Cuja verdade não se deve ter e quem quiser saber só vai permanecer no seu silêncio amargo

Insuficiente foi julgada a força extraída à toa do antes ventre santo e agora violado
Involuntário todo aquele espasmo e inconseqüente o rogo que compôs tal quadro
Deficiente pôs-se fraco em lótus e com a nuca à mostra deu por encerrado
Assim cessado fez tal qual idiota e agindo mortalmente entregou-se ao fado

Postado por Nego Lee às 18:01

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"Waking Life" (Richard Linklater)



Desta vez, para o seu final de semana, eu vou indicar um sonho. Não filme. Sonho.

Nos primeiros segundos você vai achar estranho. É desenho ou é filme? Nenhum dos dois. É sonho.

Nos primeiro minutos você vai achar meio chato. Verborrágico. Devagar. Pretensioso. Mas calma. Não é nada disso. Nem nada daquilo. É sonho.

E quando você atentar para o sonho, vai amar o todo.

Osmoticamente as imagens, as opiniões, os monólogos, os delírios e os diálogos vão invadir as suas células. E você vai se questionar. E vai pensar. E vai ficar com um monte de minhocas fermentando na sua cuca. Mas nada muito ordenado. Nada de raciocínios lógicos. Nada disso. Porque isso é sonho.

E a música, linda, vai entrar pelas suas narinas. Ou pela sua boca. Nada mais normal. Num sonho, claro.

E se você não acordar, e se a luz não apagar, e se as horas fugirem do seu relógio, solte-se simplesmente. E desperte.

Em tempo: o diretor é o mesmo de "Escola De Rock", que eu ainda não vi mas que agora vou ver correndo. Aliás, dá vontade de ver correndo tudo que o tal de Richard Linklater dirigiu. E olha que são poucos, muito poucos mesmo, os filmes capazes disso comigo.

Postado por Nery Nader Jr às 11:48

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Dica de blog: Setecétera.

Postado por Nego Lee às 09:09

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quinta-feira, junho 24, 2004


Ops!



Obviamente, todo mundo percebeu (até parece) que eu não postei nada aqui ontem. Mas antes que alguém me chame de relapso ou preguiçoso eu preciso confesar que sofri um acidente pouco antes da hora em que iria postar. Quer dizer, acidente é um exagero. Foi mais uma videocassetada (sem vídeo, por sorte). O fato é que caí um tombo feio. E onde? Na sala da chefia, claro.

E com as canelas e joelhos ralados, preferi fugir pra casa mais cedo, a tempo de tratar da minha cara vermelha de vergonha.

Hoje, ainda sentindo a dor do ridículo, atualizei o número da folhinha do CIPA: "Estamos há 0 dias sem acidentes".

Postado por Nery Nader Jr às 17:19

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Ministória?



Armando bebeu cachaça de etanol feito gambá. Helena ignorou Jeremias lambendo mecânicos numa oficina. Pacheco quis rasgar seda todo ufanista. Viviane xingou Zeus.

E eu, finalmente, consegui escrever um continho com as primeiras letras de cada palavra na ordem do alfabeto. Um continho ruim, mas um continho, ué.

Postado por Nego Lee às 12:07

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quarta-feira, junho 23, 2004


Oração Do Dia

"Palma, palma, não priemos cânico." (Chapolin Colorado)

Postado por Nego Lee às 09:05

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terça-feira, junho 22, 2004


"Shrek 2" (Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon)



É realmente curioso nadar contra a corrente de gentes (público e crítica) que achou este "Shrek 2" ainda melhor do que o 1. Não é verdade. O primeiro "Shrek" apresentava um frescor, um ineditismo e uma surpreendente desconstrução dos contos de fada que sua continuação não consegue exibir. E nem poderia, pois já estamos esperando por tudo aquilo que vamos ver. E por mais que a história siga caminhos diferentes, ela não mais nos surpreende.

Ok, dito isso, é preciso dizer também que "Shrek" é bom demais. Sem dúvida um dos melhores filmes de 2004 - e olha que estamos apenas na metade do ano. O humor politicamente incorreto e a sucessão interminável de piadas, paródias e citações provocam um deleite incessante. Além dos personagens clássicos, conhecemos outros igualmente hilários, com destaque óbvio para o Gato de Botas.

Minhas piadas preferidas (das que eu lembro agora): o Capitão Gancho cantando Nick Cave e o trompeteiro emendando o tema do Havaí 5-0. Sem falar das duas seqüências já clássicas com o Pinóquio: aquela das mentiras e verdades e o momento vira-desvira menino.

Também já viu "Shrek 2"? Então comenta, pô.

Não viu ainda? Então corre pro cinema e depois comenta, pô.

Postado por Nery Nader Jr às 15:53

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(Já que tá foda fazer algo novo, ressucito coisa véia. Com vocês, mais uma série antiga de tempos idem, quando blogs ainda nem existiam e a gente aproveitava/desperdiçava o nosso tempo montando fanzines.)

Pensamentos Pensantes



Você já pensou que...

... todo cu-de-ferro é bunda-mole?
... olho mágico não diz "abracadabra"?
... ovo é um palíndromo mas palíndromo não é um ovo?
... comida é cocô reciclado?
... piercing nasal parece um tatu que fugiu?
... se cunhado fosse bom não começava com essa sílaba?
... versa não é vice e vice-versa?
... tem jogador que no banco faz falta?

Postado por Nego Lee às 11:10

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segunda-feira, junho 21, 2004


Favoritos

Gostas de revistas pop? Vá de Velotrol. Dica atualizada pouca cousa, mas que já vale pelas edições anteriores.

Postado por Nego Lee às 18:01

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Hoje



Hoje não faz sol
Faz solstício
Dia curto
E bonito

Hoje não faz lua
Faz novilúnio
Noite longa
Infinita

Hoje faz tempo
Num hoje já ido
Nem vi
Hoje eu nasci

Postado por Nery Nader Jr às 11:23

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sexta-feira, junho 18, 2004


"Superman - O Filme" (Richard Donner)

Olha eu aí falando de velharia outra vez.



Na verdade, nunca fui muito fã do Super-Homem, como condiz a todo bom defensor do Batman. Entrementes, o seriadinho de TV "Smallville" me fez enxergar o Homem De Aço sob uma nova perspectiva. E acho que foi isso que me levou a locar este "Superman" velho de guerra.

Claro que isso não é nem de longe o único motivo. Queria ver também se a produção de 78 se mantém realmente como o paradigma de todos esses filmes de super-heróis, sendo sempre lembrada, (in)comparada ou hors-concursada quando o assunto são as super-adaptações de HQs, ficando sempre a frente de sucessos recentes como "X-Men 2" e "Homem-Aranha". Por fim, queria ver se o filme mantinha aquela certa magia que encantou um piá de 10 anos numa de suas primeiras incursões pelo cinema - sem contar os filmes dos Trapalhões, claro.

Digamos que o filme não se sai nada mal. Seu roteiro é realmente bem engendrado, mantendo-se fiel aos quadrinhos sem deixar de lado a ação e o bom humor. Ainda mais se levarmos em conta que, nos anos 70, antes das reformulações dos Frank Millers e Alan Moores da vida, os quadrinhos de super-heróis tinham muito mais da jocosidade de um seriado de TV do Batman do que da complexidade temática de um "X-Men 2". Até por isso, as longas seqüências em Krypton e Smallville se tornam nevrálgicas. E são belíssimas. Os efeitos especiais destes dois atos são perfeitos, ficando quase nada datados. A fotografia de Geoffrey Unsworth é belíssima, e as ótimas atuações (ou pontas) de Marlon Brando, Terence Stamp e Glenn Ford colaboram bastante no quesito credibilidade. Já em Metrópolis, acentua-se o tom de humor, com performances hilárias que vão desde o atrapalhado Clark Kent de Christopher Reeve até o impagável Lex Luthor de Gene Hackman, sempre às turras com seu assistente Otis, encarnado por Ned Beatty (que puta elenco, hein?). A aparição do Super-Homem, depois de uma hora de filme (!) também é memorável. Aliás, memoráveis são todos os salvamentos da primeira noite, com destaque para o tal resgate duplo - Lois Lane e o helicóptero. Depois disso, somos brindados com uma cena inédita (são várias durante o filme, mas esta é a mais importante), onde Kal-El "conversa" com Jor-El sobre sua aparição publica. Quase um "grandes poderes trazem grandes responsabilidades" versão DC.

Até este momento, o filme vai bem, muito bem, obrigado. Mas todo filme precisa de clímax, e é justamente aí que "Superman - O Filme" encontra a sua kriptonita. O roteiro começa a deslizar a partir do raciocínio absurdo e sem justificativa que Lex Luthor encontra para encontrar a kryptonita - e para saber que ela vai fazer mal ao Super-Homem. Depois (cuidado, eu vou contar o final do filme), quando Lois morre, podemos acompanhar o Homem De Aço girando a Terra no sentido contrário, fazendo assim o tempo voltar (?). O problema é que, depois que a Terra volta, nada mais acontece outra vez, como a explosão do segundo míssel e a inundação e tudo mais - e isso deveria acontecer de novo, porque tudo isso rola antes do tempo voltado pelo Super-Homem. Não entendeu? Então acho que você vai ter que rever o filme também. Pior é que este "furo" eu não engoli nem mesmo quando vi o filme pela primeira vez, ainda criança. E para acompanhar tal escorregão, até mesmo os efeitos especiais se tornam mais toscos, como as maquetes da represa, por exemplo.

De qualquer maneira, mesmo não sendo para mim um paradigma dos filmes de super-heróis, e mesmo com um deslize assim tão feio, "Superman" é um grande filme, combinando muitos dos melhores elementos dos quadrinhos numa verdadeira super-produção. O DVD comemorativo tem também uma série de extras legais, como o making of dos efeitos especiais (tudo no muque, numa fase pré-computação), os testes de elenco e os testes de vôo. Pena que a faixa comentada em áudio seja tão chata, quase sem informações relevantes e muito blá-blá-blá do diretor e do co-roteirista.

Ops, esqueci de falar da trilha do John Williams, que mesmo soando às vezes bem parecida com "Star Wars" (do ano anterior) e "ET" (de três anos depois) ainda assim exibe um tema poderoso. Aliás, coisa corriqueira no trabalho do cara.

Resumindo: por não se levar tão a sério na maior parte do tempo, o filme consegue a leveza suficiente para voar. E você pode até arriscar um "para o alto e avante!" depois do final. Ainda mais se a sua janela tiver uma daquelas telas de segurança.

Postado por Nery Nader Jr às 17:03

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Questã



Como um simples mortal pode chegar à Harmonia?
(Resposta de cabeça para baixo.)



Informou o seu plantão de curiosidades geográficas.

Postado por Nego Lee às 09:00

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Faça um cartaz iraquiano.

Postado por Nego Lee às 08:56

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quinta-feira, junho 17, 2004


Jesus No Chuveiro



Irmãos, sem medo de proferir heresias, preciso revelar-lhes uma epifania. Ontem, no banho, Jesus apareceu para mim. Sua face surgiu no box do chuveiro. Ele estava de perfil, e gotas semi-escorridas formavam a coroa de espinhos em sua cabeça. Vislumbrei ainda um nariz quase aquilino, uma barba hirsuta e uma lágrima (de sangue?) a fugir do olho estático.

Naquele momento pude antever situações estapafúrdias de adoração. Romarias até a minha casa. O interfone intermitente a avisar dos crentes já no elevador.

Então, quando minh'alma já resignava-se às procissões de fiéis e loucos e visionários e profetas, ergui meu braço para lavar o sovaco e um borrifo de água escapou do meu cotovelo, espalhando-se sobre o box. E foi-se Jesus por água abaixo.

Postado por Nery Nader Jr às 18:03

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O Diálogo Mais Sensacional De Todos Os Diálogos Sensacionais De Toda A História Do Cinema, Segundo Eu



Eddie Valiant: "Seriously, what do you see in that guy?"
Jessica Rabbit: "He makes me laugh."


(De "Uma Cilada Para Roger Rabbit".)

***

E pra você aí? Qual é?

Postado por Nego Lee às 15:06

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quarta-feira, junho 16, 2004


Vesgo, eu?

Postado por Nery Nader Jr às 16:52

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Dos Outros



(...) Como a história do Brasil se resume a "1500: descoberta, 1822: independência, 58-62-70: tricampeonato, 1994-2002: penta", sempre considerei o cargo de técnico da seleção tão ou mais importante que o de presidente. Já que Parreira e Lula se mostram incapazes para suas funções, e não podem ser retirados sem derramamento de sangue, sugiro um troca-troca. A seleção precisa de pulso firme e sabedoria de botequim; o governo, de alguém com o mínimo de inteligência e sonhos. Parreira presidente, Lula seleção.

Do Mozart*.

* Um dos wonderful Wunderblogs. Confira.

Postado por Nego Lee às 10:39

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terça-feira, junho 15, 2004


Aliste-se



Sei que a maioria dos publicitários sonha em fazer o comercial definitivo para a Coca-Cola, ou coisa assim.

Eu não.

Meu sonho é fazer o comercial definitivo do Alistamento Militar.

Ou nem isso. Fazer um comercial qualquer do Alistamento Militar já estaria bom. E poderia ser assim mesmo, com atores medíocres, trilha ufanística e aquela locução crássica.

Vai dizer que não seria legal?

Postado por Nery Nader Jr às 17:40

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Oração Do Dia

"As palavras enchem o espaço; prefiro encher a carteira." (Andy Warhol)

Postado por Nego Lee às 10:30

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segunda-feira, junho 14, 2004


Grande



Ninguém em sã consciência leria um texto assim tão grande, numa segunda-feira, num blog famoso por suas asneiras. Por isso mesmo, este texto é para você.

Até porque, é um texto nada a ver. É grande mas não é edificante - não sei porque penso sempre que textos edificantes devem ser obrigatoriamente grandes, talvez porque a palavra edificante lembre edifício (para mim, pelo menos) e edifício é sempre grande, principalmente se colocado lado a lado com uma casa, que tem a mesma função de abrigar gentes mas não é assim tão grande, quer dizer, desde que a casa em comparação não seja de gentes como o Bill Gates ou o Michael Jackson, que pensando bem não contam porque eles não são gentes mesmo.

Mas chega de falar do tamanho deste texto, senão isso acaba virando pretexto pra você dizer "é claro que o texto é grande, já que o William Wilson ficou enrolando por parágrafos a fio". Posso garantir que não é essa a minha intenção. Ou talvez seja, posto que não sei bem o que escrever aqui e agora me sinto na obrigação de escrever bastante pra justificar o adjetivo grande usado desde o primeiro parágrafo.

Um assunto, então, por favor. E mal-passado, que é pra eu exercer, com toda a propriedade, minha auspiciosa capacidade de me manter desinformado. Só pra você saber não sei de um terço dos resultados da última rodada do Brasileiro ou da Eurocopa e só pela manhã de hoje fiquei sabendo que foi o alemão quem chegou na frente na corrida que se deu nem sei aonde, se bem que isso não é novidade - o que não é novidade é o alemão chegar na frente e não eu não saber onde foi corrida, se bem que isso também não é novidade. E da tocha então quero saber de nada não, só mesmo se alguém queimar a mão, ou a língua, ou o rabo. E já que de esportes sou um zero a zero a esquerda, melhor seria falar de política, se eu me interessasse por política. Cinema então, que é mais a minha praia, mas o que dizer de alguém que locou "Superman - O Filme" no fim de semana? Realmente atualização constante é um item que não consta na minha lista de atualizações constantes. E como falar de velharias é coisa pra velhos e saudosismo é assunto pra baile da saudade e como eu não freqüento tais bailes porque eu não sei dançar tão devagar e também porque sou bem mais o bom e velho rock and roll e como o último grande assunto roqueiro na minha pauta é/foi o show do Pixies e como eu já falei demais da conta de Pixies me vejo agora bem sem assunto.

E sem assunto, ainda mais numa segunda-feira - e o frio não me deixa esquecer disso, só me resta ir ficando por aqui, se não fosse esse texto que precisa se fazer grande. Mas que obrigação mais estúpida essa que outorguei a mim mesmo. Tô fora. Ou quase, que não vou largar os betes bem agora, a tempo de ouvir você me chamando de mentiroso.

Talvez a melhor tática seja recortar e colar aqui um texto nada a ver, já que ninguém deve estar lendo isso até aqui. Quase como eu fazia na época de faculdade diante de trabalhos inócuos para matérias inócuas. E não é lenda. Eu realmente lembro de transcrever para um trabalho de sei lá que matéria trechos completos de uma biografia do Raul Seixas. E a nota foi 8. Ou seja, ou a professora realmente lia só a introdução e a conclusão dos trabalhos ou ela era fã do maluco beleza. Aliás, estou há séculos querendo escrever um post sobre este gênio incompreendido do rock nacional. Só não vou escrever aqui porque não sou um cara dispersivo e não vou fugir do assunto deste post, seja ele qual for. Então fica pra próxima.

Que merda! Agora, além de prometer um post grande que não está se saindo tão grande como devia, acabo de prometer um segundo post, que agora mais do que nunca ficará me atazanando para ser escrito tal qual uma mosca na sopa. Aliás, alguém aí já encontrou uma mosca na sopa? Pergunto porque, além da mosca na sopa da música existem milhares de moscas nas sopas das piadas e das tirinhas de jornais mas acho que nunca encontrei uma mosca sequer numa sopa sequer. Se bem que eu não sou um voraz apreciador de sopas em restaurantes. Então as chances de encontrá-las, as moscas e não as sopas, se reduzem drasticamente. Mas eu já achei um bichinho no agrião lá do Divino Mestre do Alto da XV. E pior do que achá-lo foi a insignificante atenção dispensada pelos garçons e superiores ao fato em si. Mas isso é história velha, que só serviu pra fazer uma anti-propagandazinha e encher de moscas a lingüiça desse post.

Mas agora chega. Não agüento mais escrever e suponho que você não agüente mais ler. Melhor concluir do melhor jeito possível e acabar de vez com o talvez mais estapafúrdio e oco post da minha carreira de postista. Mas como acabar com um texto assim, tão ruim?

Era só o que faltava mesmo: não achar fim para esse post.

Se bem que às vezes essa parece ser a melhor saída, vide tantos contos, peças e filmes-cabeça que terminam com aquele final aberto e com aquele indefectível "ah vá que acabou?" brotando de bocas indignadas. Quase como uma flecha de ponta de metal oxidado escapando de um arco semi-vergado. Ou como bromélias ao cair da tarde.

Cai o pano. Sobem os créditos. Ou algo assim.

Postado por Nery Nader Jr às 17:47

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Cante Comigo



Presente atrasado de Dia dos Namorados: 100 Love Songs. Só nhéco-nhéco, sem nhem-nhem-nhem. Leia lá. (E depois comente cá.)

Postado por Nego Lee às 14:55

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quarta-feira, junho 09, 2004


Pequenas Doses De Felicidade



Não é uma lista de melhores, não é um rol de verdades, não é uma relação obrigatória: é só um "Top Five" com as minhas mini-músicas preferidas. Hã? Mini-músicas, ué. Aquelas quase vinhetas de menos de um minuto que as bandas geralmente colocam no lado B (?) dos seus discos (!), mas tão fortes quanto grandes canções. Confiraí:

1.
"Elizabeth, My Dear" (Stone Roses): Um bela balada violão e voz (leia-se o tal Ian Brown) que abre um dos provavelmente melhores discos dos anos 90. Fiquei com preguiça de Googlar pra procurar e, por isso, não sei se ela é uma tradicional canção inglesa ou uma simples cantiga de ninar: só sei que é uma musiquinha biíííííííta.

2.
"Secretária Eletrônica" (Pato Fu): Uma maneira (e bem mineira) solução para uma gravação telefônica caseira que fecha o mais injustiçado cedê da melhor banda do Brasil. Aqui, John e Fernanda tocam e cantam absoluta e descompromissadamente um quase jingle caipira, molecagem mesmo, da mais alta catxigoria. É ouvir pra crer.

3.
"They're Red Hot" (Red Hot Chili Peppers): Um dos hits mais hots do magistralbum dos caras. Na verdade, é uma (per)versão de um clássico do Robert Johnson, que na mão de Flea & cia. se transforma em cinquenta e sete segundos de brincadeira dopada, com versos às vezes ininteligíveis, mas certeiros quando (sub)entendidos.

4.
"Metallica" (De Falla): Um puta solo de bateria, com uma ou outra corda elétrica marcando o caminho do caos - e só. Imagino que deva ter sido um homenagenzinha da formiga atômica Biba Meira ao Lars Ulrich dos velhos tempos, época em que ele só tocava (e muito) e não perdia tempo chilicando contra os Napster da vida e afins.

5.
"Little Room" (White Stripes): Uma farra incestuosa da dupla alvi-rubra mais cool de todos os tempos desta década. No quartinho, Meg castiga o bumbo e o chimbau com (in?)habilidade desconcertantes, enquanto Jack guitarreia malvado como sempre e canta displicente como nunca. Ou seja, jóião como tudo dos irmãos White.

Na verdade, elas são as cinco mini-músicas que eu lembrei primeiro. Tem mais (alguém) aí? Aos comentários. ; )

Postado por Nego Lee às 17:03

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Sem Cara De Sexta



Quase toda véspera de feriado tem cara de sexta-feira, não tem?

Mas hoje não. Tanto que fiquei aqui pensando na razão para tanto. E só posso imaginar que a culpa seja do frio. Será?

Postado por Nery Nader Jr às 15:41

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terça-feira, junho 08, 2004


Eu ia escrever uma coisa aqui, mas esqueci o que era.

Postado por Nery Nader Jr às 18:14

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Meu Coração É Vermelho



Rubens era contra tudo isso que está aí. Desde pequeno. Na escola, no ABC, aprendeu o alfabeto todinho, mas não quis saber de KWY. "Ípslon... Coiza de ianque...", dizia, assim mesmo, com Z. Cresceu, foi do Grêmio no ginásio, fez Senai em vez do científico e virou operário depois do quartel. País? China. Herói? Che. Amor? Xi... Nenhum. Ninguém aguentava trocar idéias com ele mais do que um round - quanto mais fluidos. O papo sempre tendia para a esquerda. O pau também, mas o tal quase nunca tinha a oportunidade de chegar ao poder, já que as companheiras de Rubens sempre batiam em retirada antes mesmo da luta armada ter início.

Até que chegou o dia D: dia de Rosângela aparecer.

Rosângela era secretária de doutor e estudava pra ser doutora também. "Médica de idozo!", como fazia questão de dizer, assim mesmo, com Z. Formaram o par perfeito. Ru saía da fábrica e ia direto pegar Rô no supletivo. Voltavam de mãos dadas quando tinha lugar no ônibus ou abraçadinhos em pé, ele colado atrás dela, para não deixar ninguém encoxar sua paixão. Marcaram casamento prum dia 12 de junho, que naquele ano caía em uma quinta-feira (dia perfeito pra união, já que na quinta-feira Rubens não tinha futebol).

Até que chegou o dia D: dia de Rosângela não aparecer.

Rubens ficou plantado no altar até de madrugada, e só saiu de lá quando o pai convenceu o filho de que a noiva não vinha. No dia seguinte, um bilhete colado no espelhinho do banheiro explicava tudo: ela havia ido embora com Roni, um empacotador das Lojas Americanas. "Americanas... Malditos porcos capitalistas...", disse, assim mesmo, com raiva.

Postado por Nego Lee às 15:48

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segunda-feira, junho 07, 2004


Wolverira?



Deixa ver se eu entendi: sexta passada a MTV exibiu um Acústico dos X-Men?

Postado por Nery Nader Jr às 14:16

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Dramático



Não foi 1, nem 2, nem 3 vezes que eu quis escrever isso aqui: Galvão Bueno é o homem mais chato do mundo. É o campeão. É tréta. Argh.

Postado por Nego Lee às 11:20

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sexta-feira, junho 04, 2004


Escola De Natação Bom Jesus



Ontem passei em frente à escola de natação que nomeia este post. Só que o inusitado nome não era nem de longe o melhor. O melhor era o desenho com cara de charge no muro da escola, que eu vou tentar descrever mesmo sabendo que o relato vai ficar bem aquém da imagem:

Numa piscina, um bando de nadadores aparece competindo, cada qual se matando de tanto nadar, enquanto um Jesus sorridente, na raia 1, corre tranqüilo sobre a água, obviamente na frente dos outros.

Como São Tomé, eu só acreditei porque vi.

Postado por Nery Nader Jr às 10:49

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quinta-feira, junho 03, 2004


Plantão Médico



Substituição: entra Hemophilus, sai eu. Ô, virose do cão. Volto quando estiver menas dodói. Até segunda-feira.

Postado por Nego Lee às 18:14

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Dos Outros



Noites De Cão

É uma casa. Lá mora uma família. Lá mora um cão. Ele dorme na lavanderia, ao lado da cozinha. Na cozinha existe um relógio. O cão é um bocado solitário (vamos chamá-lo apenas de cão, apesar dele possuir um nome - é que ele não gosta de publicidade). Como eu ia dizendo, ele é solitário. Não tem amigos (cães), nem mulheres (cadelas) e nem parentes. É do tipo durão - dorme sozinho. Porém, antes de dormir, como todo bom machão, toma sua cerveja em lata (água na tigela), como seu rolmóps (ração de peixe) e assiste TV. Antes de se recolher diz boa noite (late).

O cão vivia sua vidinha feliz pra cachorro até um certo dia, quando suas noites de sono acabaram. É que as pilhas estavam se esgotando e Steve já não era o mesmo (Steve é um nome fictício dado a um relógio de parede que toca uma música ridícula de hora em hora, e está localizado na cozinha). Pois bem, apesar de ridícula, a música de Steve agradava o cão, que dormia graciosamente com seu ruído melodioso. Só que, com a pilha acabando, o ruído melodioso se transformou apenas em ruído e o cão não podia mais dormir. Sua vida de cão se transformou num inferno. Os dias passavam e o ruído ficava cada vez mais infernal. O cão estava quase enlouquecendo quando Steve calou-se para sempre. Ninguém mais trocou a pilha e nunca mais Steve voltou a falar. E o cão...

... enlouqueceu de solidão.

(Texto antigo de um amigo [distante] das antigas: o Mario - que Mario?)

Postado por Nery Nader Jr às 10:58

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quarta-feira, junho 02, 2004


Vôlei de praia é coisa de caranguejo.

Postado por Nery Nader Jr às 18:23

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Letras De Música Que Eu Posto No Meu Blog (Mesmo Sabendo Que Ninguém Lê Letra De Música Em Blog)



"Infelizmente" (Titãs)

A tua voz está cansada e rouca
Pois não falamos pela mesma boca
E o teu corpo então é gordo e calvo
O teu lençol já não é limpo e alvo
Não adivinhas de quem és escravo
Nem o que pode causar tal estrago
Eu sei porque vives feliz e calmo
É porque achas que estás são e salvo
Tua mulher não quer criar teus filhos
E tu não queres dividir teus grãos de milho
E mesmo assim eis que vem aí de novo
Tua parceira vai pôr mais um ovo
Mas tu não sabes do que tenho fome
Pois não nos chamam pelo mesmo nome
E quando comes te rodeiam moscas
É porque usas sempre as mesmas roupas
Mas se perderes tudo até as calças
Só vão te dar algum caixão sem alças
E quando enfim chegar a tua hora
Não vão pôr flor ao pé da tua cova

Postado por Nego Lee às 11:20

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terça-feira, junho 01, 2004


A Viagem Da Maionese



"Levar a vida com bom humor é maravilhoso. Acordar todos os dias com um sorriso sincero pode mudar tudo para melhor. Usar a cor laranja, por exemplo, ajuda a levantar o seu alto astral. De dicas assim e da deliciosa Maionese Arisco Sabor Tártaro, você deve usar e abusar sempre."

Texto zen-longe-da-realidade encontrado numa embalagem de maionese. Pode?

Postado por Nery Nader Jr às 11:58

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Deu No New York Times



Do grande Nick Hornby:

"É difícil não pensar na idade de alguém e como ela se relaciona com o rock. Acabei de fazer 47 anos, e a cada ano que passa fica mais difícil não me perguntar se eu deveria estar ouvindo algo que ainda é considerado mais apropriado à minha idade - jazz, folk, música clássica, ópera, marchinhas de funeral etc. Você já ouviu os motivos milhões de vezes: a maioria das músicas de rock é feita por jovens, para os jovens, sobre ser jovem. E, se você não é jovem e ainda ouve rock, então você deveria ter vergonha de si mesmo. E finalmente eu achei minha resposta para isso tudo: acima de tudo, eu concordo com quase tudo dessa história, embora ela seja grosseira e não faça esforço algum em se dirigir ao que é recente, principalmente a trabalhos excelentes de Neil Young, Bob Dylan, Bruce Springsteen. Ou seja: ela não faz mais sentido para mim. (...)". (Continua aqui.
Ou aqui. Ou, pra ser mais exato, aqui.)

Amém.

Postado por Nego Lee às 10:38

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